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SISTEMA DE GESTÃO TERRITORIAL DA ABAG/RP

Apoio:
FAPESP Ecoagri

Área de Estudo

Geomorfologia

Cristina Criscuolo e Marcos Cicarini Hott

 

Caracterização Geomorfológica

Introdução

A geomorfologia é a ciência que estuda a gênese e a evolução das formas de relevo sobre a superfície da Terra. (CHRISTOFOLETTI, 1980) Estas formas são resultantes dos processos atuais e pretéritos ocorridos sobre a litologia e originam-se a partir de dois tipos de forças:

  • as endógenas, resultado da dinâmica interna da Terra e responsáveis por esculpir as formas de relevo, e
  • as exógenas, resultado da interação sol, água e litologia que modelam a superfície terrestre.

A partir da morfogênese, ou seja, da ação das forças endógenas e exógenas, a superfície da Terra está em constante mudança. As formas de relevo se alternam entre as regiões como resultado da ação conjunta dos componentes da natureza, que, por sua vez, também são influenciados em diferentes proporções pelas formas de relevo.

O objetivo principal da caracterização geomorfológica de uma região é representar as formas atuais da superfície e também incluir informações a respeito da morfometria, morfogênese e morfocronologia dos terrenos. (ROSS, 1992:20) A definição do tipo de informação e do nível de detalhes que estarão presentes nos mapas geomorfológicos serão definidos pela escala do mapeamento e pela metodologia proposta.

Geomorfologia no Estado de São Paulo: ênfase nos municípios que fazem parte da área da ABAG/RP

De acordo com a proposta de Almeida (1964:20), o Estado de São Paulo foi dividido em cinco províncias geomorfológicas: Planalto Atlântico, Província Costeira, Depressão Periférica, Cuestas Basálticas e Planalto Ocidental (Figura 1).

Figura 1: Esboço geomorfológico do Estado de São Paulo, divisão proposta por Almeida (1964)São Paulo

Adaptado de: Villa, 2002.

 

Com base nesta proposta, a área da ABAG/RP encontra-se no Planalto Ocidental, nas Cuestas Basálticas e na Depressão Periférica Paulista.

O trabalho de Almeida (1964) serviu de suporte ao primeiro mapeamento sistemático do relevo no Estado, elaborado por Ponçano et. al. (1981). Estes autores utilizaram metodologia desenvolvida pelo "Commnonwealth Scientific and Industrial Research Organization - CSIRO" e identificaram as regiões no Estado a partir de padrões recorrentes de topografia, solos e vegetação, resultando em um mapa sintético que enfatizou os padrões morfológicos do relevo. Para realizar o mapeamento, utilizaram Imagens Landsat (1:250.000 e 1:500.000), mosaicos semi-controlados de radar do Projeto RADAMBRASIL (1:250.000) e cartas topográficas (1:50.000 e 1:100.000). (PONÇANO et. al. 1981:12,13)

Seguindo esta metodologia, os autores identificaram as províncias geomorfológicas do Estado e realizaram a subdivisão em zonas (mapeando os sistemas de relevo) e em subzonas (as unidades de relevo). A proposta de Ross e Moroz (1997), posterior ao trabalho de Ponçano et. al. (1981), levou em consideração que cada unidade geomorfológica de grande dimensão se dintingue na paisagem pelas suas características fisionômicas (morfologia), mas também pela gênese e idade. Utilizou os conceitos de morfoestrutura e morfoescultura e enfatizou que "o estrutural e o escultural estão presentes em qualquer tamanho de forma, embora suas categorias de tamanhos, idades, gêneses e formas, são possíveis de serem identificadas e cartografadas separadamente e portanto em categorias distintas". (ROSS & MOROZ, 1997:17)

As principais características dos tipos de relevo da área correspondente aos domínios da ABAG/RP puderam ser identificadas. Com base no Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo, proposto por Ross e Moroz (1997) e editado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Como resultado preliminar do diagnóstico na área de estudo, baseado em levantamento bibliográfico, verifica-se a ocorrência dos seguintes tipos principais de relevo, conforme a Tabela 1.

 

Tabela 1: Unidades Morfoestruturais, morfoesculturais e tipos de relevo identificados na área de estudo (ABAG-RP)

Unidades Morfoestruturais Unidades Morfoesculturais Tipos de Relevo
Bacia Sedimentar do Paraná Planalto Ocidental Paulista Planalto Centro Ocidental
Patamares Estruturais de Ribeirão Preto
Planaltos Residuais de Franca/Batatais
Planalto Residual de São Carlos
Depressão Periférica Paulista Depressão de Mogi-Guaçu
Bacias Sedimentares Cenozóicas Planícies Fluviais Planícies Fluviais Diversas

Fonte: Ross & Moroz (1997)

 

UNIDADES MORFOESTRUTURAIS DA BACIA SEDIMENTAR DO PARANÁ: De acordo com Ross (1985), essa morfoestrutura é caracterizada pela presença de terrenos sedimentares do Devoniano ao Cretáceo e com forte ocorrência de rochas vulcânicas, preferencialmente do sul da bacia formadas no Jurássico-Cretáceo. O contato desta unidade é marcadamente formado pela presença de Cuestas. Durante a Era Cenozóica, esta região sofreu processo de epirogênese, que resultou no soerguimento desigual da Plataforma Sulamericana, iniciando novos processos erosivos, sob diferentes condições climáticas e ocasionando as diferenciações entre o Planalto Ocidental e a Depressão Periférica. (ROSS & MOROZ, 1997:41).

- PLANALTO OCIDENTAL PAULISTA: Possui o relevo levemente ondulado onde predominam as colinas amplas e baixas com topos aplainados. (ROSS & MOROZ, 1997:42).

- PLANALTO CENTRO OCIDENTAL: Segundo Ross & Moroz (1997:42), nesta unidade predominam as formas de relevo denudacionais, marcadamente formadas por colinas amplas e baixas com topos convexos, aplanados ou tabulares. Os entalhamentos médios dos vales apresentam-se inferiores a 20 metros, as dimensões interfluviais médias estão entre 1.750 e 3.750 metros, as altitudes variam entre 400 e 700 metros e as declividades médias das vertentes entre 2% e 10%. Os rios apresentam padrão paralelo com traçados ligeiramente inclinados em direção ao rio Paraná. A densidade de drenagem é baixa e os vales são pouco entalhados, apresentando baixa dissecação. Em geral, apresenta-se com baixo nível de fragilidade potencial, no entanto, as vertentes mais inclinadas são extremamente susceptíveis aos processos erosivos.

Figura 2
Figura 2: A região oeste do município de Taquaritinga encontra-se no Planalto Centro Ocidental onde predominam colinas amplas e baixas com topos convexos.

 

Figura 3
Figura 3: A porção centro-nordeste do município de Taquaritinga encontra-se no contato entre a região do Planalto Centro-Ocidental com o Planalto Residual de São Carlos. A partir da figura identifica-se a zona de cuestas no interflúvio Tietê/Mogi-Guaçu e no reverso da cuesta encontra-se o município de Monte Alto.

 

- PLANALTO RESIDUAL DE SÃO CARLOS: Segundo Ross & Moroz (1997:43) esta unidade encontra-se no reverso da cuesta no interflúvio Tietê/Mogi-Guaçu. As formas de relevo predominante são as denudacionais, basicamente formadas por colinas de topos convexos e tabulares. O entalhamento dos vales varia em torno de 20 a 80 metros e a dimensão média dos interflúvios de 250 a 3.750 metros. As altitudes predominantes estão entre 600 e 900 metros, a declividade das vertentes com valores de 2 a 30% (nos setores mais dissecados, que apresentam um alto e até muito alto nível de fragilidade). A densidade de drenagem é classificada como média a alta.

Figura 4
Figura 4: A partir do reverso da Cuesta, localizada em Monte Alto, pode-se observar o município de Cândido Rodrigues no Planalto Centro Ocidental.

 

Figura 5
Figura 5: Região de Monte Alto - Planalto Residual de São Carlos

 

- PATAMARES ESTRUTURAIS DE RIBEIRÃO PRETO: Segundo Ross & Moroz (1997:42,43), as formas de relevo desta unidade são predominantemente denudacionais, marcadamente formadas por colinas amplas e baixas com topos tabulares. Os vales possuem entalhamento médio com valores inferiores a 20 metros, as dimensões dos interflúvios variam de 750 até 3.750 metros, sendo os principais cursos d'água formados pelos rios Pardo e Mogi-Guaçu e seus tributários. As altitudes encontram-se entre 500 e 700 metros e as declividades médias variam em torno de 2% a 10%.

 

Figura 6
Figura 6: Região de Sales de Oliveira e Nuporanga, Patamares Estruturais de Ribeirão Preto

 

- PLANALTOS RESIDUAIS DE FRANCA/BATATAIS: Segundo Ross & Moroz (1997:43) esta unidade encontra-se no reverso da cuesta no interflúvio Mogi-Guaçu/Grande. Nesta classe predominam formas de relevo denudacionais, basicamente formadas por colinas de topos aplanados ou tabulares, com vales entalhados de 20 a 40 metros e dimensão média dos interflúvios entre 750 a 3.750 metros. As declividades das vertentes variam em torno de 2 a 10% e as altitudes entre 800 a 1.100 metros. Por serem áreas mais altas são também regiões dispersoras da rede de drenagem.

 

Figura 7
Figura 7: Reverso da cuesta que limita os Planaltos Residuais de Franca/Batatais e os Patamares Estruturais de Ribeirão Preto, no município de Buritizal.

 

Figura 8
Figura 8: Canyon do Córrego Pedregulho localizado nos Planaltos Residuais de Franca/Batatais, município de Pedregulho.

 

- DEPRESSÃO PERIFÉRICA PAULISTA: Com base em Ross (1990), a depressão periférica está localizada quase que totalmente nos sedimentos Paleo-mesozóicos da bacia do Paraná. Apresenta vários modelados devido a ação do tectonismo, diversidade de litologias e diferenciações paleoclimáticas. No geral, as altitudes oscilam entre 600 e 750 metros, possui densa rede de drenagem (os principais rios são: Tietê, Paranapanema, Mogi-Guaçu e Pardo) que possuem curso consequente em direção ao Rio Paraná, o maior deles.

- DEPRESSÃO DE MOGI-GUAÇU: Segundo Ross e Moroz (1997:46), as formas de relevo denudacionais que apresentam-se com modelados de colinas em topos tabulares amplos predominam nesta unidade. O entalhamento dos vales é de até 20 metros e a dimensão dos interflúvios varia entre 1.750 a 3.750 metros. A rede de drenagem apresenta-se com padrão dendrítico. As altitudes encontram-se entre 500 e 650 metros e as declividades entre 5 a 10%.

 

UNIDADES MORFOESTRUTURAIS DAS BACIAS SEDIMENTARES CENOZÓICAS: De acordo com Ross e Moroz (1997:49) estas morfoestruturas ocorrem de forma restrita e descontínua em praticamente todas as outras unidades morfoestruturais.

- PLANÍCIES FLUVIAIS: Estas unidades ocorrem "em áreas restritas, associadas aos depósitos a montante de níveis de base locais e regionais. Corresponde às áreas essencialmente planas, geneticamente geradas por deposição de origem fluvial, onde atualmente predominam os processos agradacionais". (ROSS & MOROZ, 1997:49)

- PLANÍCIES FLUVIAIS DIVERSAS: Segundo Ross e Moroz (1997:52) os terrenos que, devido a baixa declividade (inferiores a 2%) são formadas por sedimentos fluviais de idade geológica recente (quaternário) e encontram-se às margens dos rios estando sujeitos a inundações periódicas onde ocorrem sedimentos formados principalmente por areia e argila.

Figura 9
Figura 9: Planície Fluvial, município de Monte Alto.

 

 

A visualização dos locais onde os tipos de relevo definidos acima estão dispostos encontra-se na Figura 10, sendo que o mapa original elaborado por Ross e Moroz (1997) encontra-se na escala 1:500.000. A identificação dos tipos de relevo foi elaborada através de pontos plotados sobre imagem SRTM (2000). Os pontos têm a função de identificar as regiões que apresentam os padrões de relevo de acordo com a legenda do mapa. Na tabela 2 os tipos de relevo também podem ser consultados segundo sua ocorrência por municipios.

Figura 10: Tipos de Relevo na área da ABAG/RP

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Tabela 2: Tipos de relevo na área da ABAG/RP (para escala de mapeamento 1:500.000)

Município Tipos de Relevo
Planalto Centro Ocidental Patamares Estruturais de Ribeirão Preto Planaltos Residuais de Franca/Batatais Planalto Residual de São Carlos Depressão de Mogi-Guaçu Planícies Fluviais
Altinópolis   xx Xx     xx
Américo Brasiliense   xx   xx    
Aramina   xx        
Araraquara xx     xx   xx
Barretos xx xx       xx
Barrinha   xx        
Batatais   xx xx      
Bebedouro xx xx   xx    
Boa Esperança do Sul xx         xx
Borborema xx          
Brodowski   xx xx     xx
Buritizal   xx xx      
Cajuru   xx xx   xx  
Cândido Rodrigues xx          
Cássia dos Coqueiros   xx xx   xx  
Colina xx xx        
Colômbia   xx       xx
Cravinhos   xx        
Cristais Paulista   xx xx      
Descalvado   xx   xx xx  
Dobrada       xx    
Dourado xx     xx    
Dumont   xx        
Fernando Prestes xx          
Franca   xx xx      
Gavião Peixoto xx         xx
Guaíra   xx       xx
Guará   xx xx      
Guariba   xx   xx    
Guatapará   xx       xx
Ibaté xx     xx    
Ibitinga xx         xx
Igarapava   xx xx      
Ipuã   xx        
Itápolis xx          
Itirapuã     xx      
Ituverava   xx xx      
Jaborandi   xx       xx
Jaboticabal   xx   xx    
Jardinópolis   xx xx     xx
Jeriquara     xx      
Luis Antônio   xx xx     xx
Matão xx     xx    
Miguelópolis   xx        
Monte Alto xx     xx    
Monte Azul Paulista xx xx        
Morro Agudo   xx       xx
Motuca   xx   xx   xx
Nova Europa xx         xx
Nuporanga   xx xx      
Orlândia   xx        
Patrocínio Paulista   xx xx      
Pedregulho   xx xx      
Pirangi xx          
Pitangueiras   xx   xx   xx
Pontal   xx       xx
Pradópolis   xx        
Restinga   xx xx     xx
Ribeirão Bonito xx     xx    
Ribeirão Corrente     xx      
Ribeirão Preto   xx       xx
Rifânia   xx xx      
Rincão   xx       xx
Sales Oliveira   xx xx      
Santa Cruz da Esperança     xx     xx
Santa Ernestina       xx    
Santa Lúcia   xx   xx   xx
Santa Rita do Passa Quatro   xx xx   xx  
Santa Rosa de Viterbo   xx     xx  
Santo Antônio da Alegria   xx xx      
São Carlos xx     xx   xx
São Joaquim da Barra   xx        
São José da Bela Vista   xx xx      
São Simão   xx xx   xx xx
Serra Azul   xx xx     xx
Serrana   xx xx     xx
Sertãozinho   xx       xx
Tabatinga xx     xx   xx
Taiaçu xx     xx    
Taiúva xx xx   xx    
Taquaral   xx   xx    
Taquaritinga xx     xx    
Terra Roxa   xx       xx
Trabiju xx     xx    
Viradouro   xx       xx
Vista Alegre do Alto xx          

 

Caracterização Topográfica do Relevo

Ocupando uma área de 36.724 Km2, a região da ABAG-RP demandaria um exaustivo e oneroso trabalho para a caracterização topográfica a partir de métodos tradicionais de levantamento de campo ou aerofotogrametria. Desta forma, o sensoriamento remoto orbital se mostra uma alternativa extremamente viável para a obtenção de informações da superfície terrestre.

Os dados de sensoriamento remoto orbital atendem à necessidade de informação em diversas escalas, representando um meio viável de monitoramento da superfície terrestre através de satélites e seus sensores, e vem servindo de fonte de informações para estudos e levantamentos geológicos, agrícolas, cartográficos, florestais, urbanos, entre outros (Crósta, 1993; Miranda et al., 2002). Os sensores medem a radiação refletida e/ou emitidas pelos alvos, sendo passivos se necessitarem de uma fonte de luz externa (e.g., TM do Landsat) e ativos, caso possuam fonte própria de radiação, tais como radares e laser (Moreira, 2001).

Dentre esses sensores ativos, destacam-se os radares de abertura sintética (SAR) com capacidade interferométrica. Através da operação de sensores em bandas específicas, os sinais emitidos interagem com a superfície e são captados pelas antenas separadas em uma distância fixa na plataforma aerotransportada ou espacial (baseline). Assim, essa separação dos sistemas de antenas no espaço, com conhecimento das posições relativas das mesmas permite a geração da topografia (Zyl, 2001).

Algoritmos apropriados derivam por diferença de fase a altitude de cada ponto na superfície (e.g. dossel arbóreo) ou no terreno, dependendo das bandas utilizadas. Com altíssima precisão podem-se obter informações altimétricas com o uso de laser aerotransportado, o qual pode operar em bandas diversas, gerando modelos digitais de elevação, perfis do terreno e de vegetação para estudos complexos como em Pachepsky (1997).

Para a obtenção da topografia da ABAG/RP foi produzido o modelo digital de elevação (MDE) do Estado de São Paulo como fonte de dados altimétricos, com aproximadamente 90 metros de resolução espacial. Trata-se do MDE originário da missão de mapeamento do relevo terrestre SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), desenvolvido pela NASA (Agência Aeronáutica e Espacial) e NGA (Agência Nacional de Inteligência Geoespacial) dos Estados Unidos, sendo executado no ano 2000 por meio da aeronave Endeavour.

 

Figura 11: Imagem produzida a partir do SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) para a área da ABAG/RP

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Os dados obtidos do mapeamento feito pela Endeavour foram disponibilizados pelo USGS Eros Data Center (Centro de Dados do Departamento de Levantamento Geológico dos Estados Unidos), e a partir do MDE refinado, através de técnicas de geoprocessamento, é possível derivar informações tais como mapas de rede de drenagem, bacias hidrográficas, declividade, sombreamento, 3D (Exemplos nas figuras 12, 13 e 14).

 

Figura 12: Modelo tridimensional da região da ABAG/RP produzido a partir de imagens do SRTM.

 

Figura 13: Visão tridimensional dos Patamares Estruturais de Ribeirão Preto, no interflúvio dos Rios Pardo e Mogi-Guaçu.

 

 

Figura 14: Visão tridimensional do Planalto Residual de Franca/Batatais, separado pelo Rio Sapucaí.

 

As figuras 15 e 16 foram derivadas do MDE e representam respectivamente a rede de drenagem e a declividade na área da ABAG/RP. Com base na figura 16, verifica-se que as maiores declividades encontram-se na porção oriental da área de estudo, sendo o setor nordeste o que apresenta as altitudes mais elevadas, nos municípios de Itirapuã e Patrocínio Paulista (entre 1000 e 1200 metros de altitude), entre os municípios Batatais e Altinópolis (800 a 950 metros) e em Franca, Cristais Paulistas e Pedregulho (700 a 1000 metros nos pontos mais elevados). As menores altitudes encontram-se nas porções sudoeste e noroeste, especificamente nos municípios de Borborema, Ibitinga, Itápolis, Colômbia e Guaíra, com valores variando de 380 a 450 metros de altitude.

 

 

Figura 15: Rede de drenagem da ABAG/RP derivada do Modelo Digital de Elevação.

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Figura 16: Declividade da ABAG/RP derivada do Modelo Digital de Elevação

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Referências:

ALMEIDA, F.F.M de. Fundamentos Geológicos do Relevo Paulista. São Paulo: Instituto de Geografia, Universidade de São Paulo, 1964. 99p. (Série Teses e Monografias)

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blucher, 1980.

CRÓSTA, A. P. Processamento digital de imagens de sensoriamento remoto. Ed. Ver. Campinas: IG/UNICAMP, 1993. 164 p.

MIRANDA, E. E.de; GUIMARÃES, M.; MIRANDA, J. R. Monitoramento do uso e cobertura das terras na região de Barrinhas, Jaboticabal e Sertãozinho. Campinas: Embrapa Monitoramento por Satélite, 2002. 32 p. (Relatório Técnico).

MOREIRA, M. A. Fundamentos do sensoriamento remoto e metodologias de aplicação. São José dos Campos: INPE, 2001. 250 p.

PACHEPSKY, Y. A.; RITCHIE, J. C.; GIMENEZ, D. Fractal modeling of airborne laser altimetry data. Remote Sensing of Environment, n. 61, p. 150-161, 1997.

PONÇANO, W.L. et al. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1981. 94p.

ROSS, J.L.S. Relevo Brasileiro: uma nova proposta de classificação. Revista do Departamento de Geografia, São Paulo nº 4. 1985, p. 25-39.

ROSS, J.L.S. Geomorfologia, Ambiente e Planejamento. São Paulo: Contexto, 1990. 88p.

ROSS, J.L.S. O registro cartográfico dos fatos geomórficos e a questão da taxonomia do relevo. Revista do Departamento de Geografia, São Paulo, n º 6, 1992. p. 17-29.

ROSS, J.L.S. & MOROZ, I.C. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo. São Paulo: Laboratório de Geomorfologia Depto de Geografia FFLCH-USP/Laboratório de Cartografia Geotécnica - Geologia Aplicada - IPT/FAPESP, 1997. 63p.

VILLA, E.A. Contribuição ao estudo do ritmo climático na bacia do Ribeirão do Lobo (Itirapina-SP). 2002. 90f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Engenharia Ambiental) - Escola de Engenharia de São Carlos. Universidade de São Paulo.

ZYL, J.J. The Shuttle Radar Topography Mission (SRTM): a breakthrough in remote sensing of topography. Acta Astronautica, v. 48, p. 559-565, 2001.

 

 

 

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